quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Caso clínico sobre eletroterapia aplicada à cicatrização/reparo tecidual

Entrega do material 29 de fevereiro de 2016. 

Exame
História: MC é um jovem estudante de 23 anos. Ele lesionou seu tornozelo durante uma partida de futebol na escola. Ele foi visto pelo médico ainda em campo e diagnosticado com entorse lateral de tornozelo grau II. Seu tornozelo foi envolto em gelo e ele foi enviado ao vestiário para acompanhamento imediato do fisioterapeuta. O paciente foi orientado a usar muletas sem descarga de peso sobre o tornozelo lesionado para preservá-lo.
Teste e Medidas: A inspeção visual mostrou que o paciente mantém seu tornozelo em uma única posição com extrema hesitação para permitir ao terapeuta mover a articulação. A ADM passiva revelou restrições em todas as direções. A ADM é mínima. A articulação talofibular lateral está sensível ao toque, com descoloração indicativa de hemorragia por toda a face lateral e uma dificuldade para visualizar o maléolo lateral devido ao edema. A área está quente ao toque e apresenta uma leve hiperemia. O estudante está saudável e nega história de câncer, diabetes ou qualquer outro problema de saúde.
Que tipo de processo está ocorrendo no tornozelo deste paciente? Que tipo de estimulação elétrica seria mais útil? Que aspectos da lesão do paciente iria resolver? Que outros agentes físicos podem ser usados junto com a estimulação elétrica?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
  • Estado atual: quadro álgico no tornozelo esquerdo, edema e ADM diminuída.
    • Objetivos: Controlar o quadro álgico e o edema. Acelerar a resolução da fase de inflamação aguda. Aumentar a ADM.
  • Deambulação limitada e alterada.
    • Objetivos: Retornar á deambulação normal.
  • Incapaz de jogar futebol.
    • Retorno às partidas de futebol.
Diagnóstico: Mobilidade articular prejudicada, função motora e desempenho muscular e ADM associada à lesão do tecido conectivo.
Prognóstico/Plano de Tratamento: Devido ao mecanismo de lesão, houve um processo inflamatório. A estimulação elétrica usando a CPAV (corrente pulsada de alta voltagem) deve ser uma escolha apropriada de tratamento na medida em que ela tem mostrado retardar a formação de edema durante o estágio inflamatório da lesão e auxilia no processo de cicatrização tecidual. Não existe nada na história do paciente que sugira uma contraindicação ao uso de estimulação elétrica.
Intervenção

CPAV – corrente pulsada de alta voltagem
Tipo
Parâmetros
Colocação de eletrodos
Largura do pulso
Frequência do pulso
Modo
Amplitude
Tempo de tratamento

Casos Clínicos Eletroanalgesia e Correntes Excitomotoras

Entrega do material - dia 22 de fevereiro de 2016 antes da aula. 

Gonalgia (dor joelho) Medial
História: VP é uma mulher de 47 anos, faxineira, desenvolveu gonalgia medial 4 meses atrás e foi submetida a intervenção cirúrgica. Ela tem tido dificuldade para estender sua perna direita e sustentar o peso total à direita ao caminhar e está incapacitada de trabalhar desde a cirurgia. A ADM articular do joelho direito é de 10 a 50 graus de flexão. VP deambula pequenas distâncias em casa sem a ajuda de aparelho, mas com o joelho direito em cerca de 15 a 20 graus de flexão em ortostatismo. Ela apresenta grau 4/5 de força de quadríceps à direita dentro da ADM possível.
Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação da técnica visando fortalecimento muscular quadríceps à direita.  Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação da técnica. 

Fraqueza de Bíceps Braquial
História: Paciente LT apresenta vítima de AVE apresenta como sequela fraqueza muscular de bíceps braquial comprometendo atividades de alcance de objetos (dificuldade para fletir o ombro e cotovelo direito). Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação de eletroterapia visando reeducação muscular. 

Toracalgia e Cervicalgia
História: DS é uma jovem mulher de 28 anos, que foi indicada para fisioterapia com diagnóstico de dor torácica e cervical. DS queixa-se de aumento gradual da dor no pescoço e trapézio superior ao longo das últimas seis semanas. Ela relata que sua dor é pior ao fim do seu dia de trabalho como caixa de supermercado e nota que a dor está mais frequente e intensa que no mês passado. DS afirma que sua dor aumenta com o levantamento e transporte de cargas e qualquer rotação do seu pescoço. Ela teve algumas horas de trabalho reduzidas este mês, por causa do quadro alérgico. Ela foi avaliada por um clínico e a radiografia da sua coluna cervical foi negativa. Ela não tem histórias de arritmias e não tem marcapasso. Testes e Medidas: A paciente afirma que a intensidade da sua dor cervical é de 6/10. A ADM ativa da sua extremidade superior está dentro dos limites normais, sua força é de 4+/5 bilateralmente e ela está limitada pela dor no pescoço. Sua força no rombóide e trapézio superior é de 4-/5 bilateralmente. A rotação do pescoço e a flexão lateral estão 75% do normal, com a dor bilateralmente.  A flexão anterior é desconfortável nos 30% finais da amplitude. A extensão está dentro dos limites normais. À palpação existem significantes nódulos no trapézio superior bilateralmente e pontos-gatilho ao longo da borda medial de ambas as escápulas. DS nega parestesia ou dormência nas extremidades superiores.
Avaliação e Objetivos:
•              Estado Atual: Cervicalgia e toralcalgia. ADM restrita. Diminuição da força do quadrante superior.
§            Objetivos: Controle álgico. Recuperar a ADM cervical normal. Recuperar a força normal do quadrante superior.  
•              Estado Atual: Dificuldade de levantar e transportar carga.
§            Objetivos: Retornar à capacidade normal de levantar e transportar carga.
•              Estado Atual: Diminuição das horas de trabalho.
§            Objetivos: Executar todas as funções relacionadas ao trabalho e voltar às horas normais de trabalho.
Diagnóstico funcional: Postura deficiente. Prognóstico/Plano de Tratamento: Esta paciente não parece ter um problema ósseo, devido à normalidade da sua radiografia e à ausência de parestesia. Os nódulos do seu trapézio e os pontos-gatilho escapulares indicam uma causa muscular para a sua dor. Em geral, a TENS é um tratamento indicado para redução da dor. Outros agentes físicos tais como ultrasson ou gelo, e calor, podem ser usados em conjunto com a estimulação elétrica. Esta paciente não apresenta contraindicação ao uso da estimulação elétrica. 
Propõe-se que a estimulação elétrica seja usada para o controle da dor visando analgesia rápida e potente. Considerar interferencial vetorial (média frequência, despolarizada) e TENS (baixa frequência, despolarizada) Breve-Intensa. 

Por que esta paciente é candidata à estimulação elétrica? O que deve ser incluído no seu programa de tratamento? Que outros agentes físicos podem ser úteis?


Princípios básicos de eletroterapia

A sequência de exercícios sobre eletroterapia deverá ser entregue no dia 22 de fevereiro de 2016 antes do início da aula.

1). Defina o que são modalidades elétricas.
2). Defina corrente elétrica.
3). Comente sobre os tipos de correntes elétricas (polarizada ou contínua, despolarizada ou alternada, sequência de pulsos ou "burst".
4).  Defina pulso / fases de pulso / intervalo do interpulso / amplitude de pulso / largura ou duração de pulso / frequência de pulso.
5). Quais os tipos de eletrodos?
6). Explique posicionamento longitudinal ou coplanar e transversal ou contraplanar de eletrodos.
7).  Explique técnica de posicionamento de eletrodo monopolar e bipolar.
8).  De forma geral, comente sobre posicionamento de eletrodos visando eletroestimulação, analgesia e cicatrização/reparo tecidual.
9).   Comente sobre os principais dermátomos e miótomos. Explique porque é importante conhecer estas áreas em eletroterapia.
10).   O que é modulação da corrente. Explique o que é e porque é importante habilitar VIF (variação intensidade e frequência na corrente) durante a aplicação de eletroterapia.
11). Quais são os parâmetros ajustáveis em eletroterapia?
12). Comente as contra-indicações gerais para estimulação elétrica.

Referências Bibliográficas:
Cameron, M.H. Agentes físicos na reabilitação – da pesquisa à prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 3º edição, 2009.
Guirro, E; Guirro, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos, recursos e patologias. São Paulo: Manole, 2004.
Kitchen, S.; Bazin, S. Eletroterapia prática baseada em evidência. São Paulo: Manole, 2003.

Prentice, W.E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. Porto Alegre: Artmed, 2º edição, 2004.