Emissão de luz monocromática, com um único comprimento de onda. Possui grande concentração de energia por possuir fótons direcionados em um só sentido. Promove alterações físicas e biológicas que resultam em vários efeitos. Para nós os efeitos terapêuticos mais importantes são os bioestimulantes.
As respostas desencadeadas pela radiação LASER nos tecidos biológicos estão relacionadas com a potência de radiação, que influencia a quantidade de energia depositada nos tecidos biológicos, bem como o comprimento de onda, que determina a profundidade de penetração. Os efeitos do LASER são variados indo do bioestimulante ao cirúrgico.
Os equipamentos mais utilizados na prática clínica são LASER de baixa potência.
Tipos:
Hélio-Neônio
Arseneto de Gálio
Alumínio-Gálio-Índio-Fósforo *
Arseneto-Gálio-Alumínio *
* Vantagem: potência média emitida é superior ao dos He-Ne e AsGa.
O Laser AsGa apesar de apresentar alta potência de pico emitida, a quantidade de energia emitida é menor do que dos LASER tipo AlGaInP e AsGaAl, por possuir forma de emissão pulsada.
Tipos e características de Laser de baixa potência:
· HeNe = 632,8 nm (emissão contínua) / Ppico e Pmédia = 0,002 W a 0,010 W / luz visível
· AlGaInP = 630-685 nm (emissão contínua) / Ppico e Pmédia= 0,015 W a 0,030 W / luz visível
· AsGaAl = 780-870 nm (emissão contínua) / Ppico e Pmédia= 0,030 W / infravermelho
· AsGa = 904 nm (emissão pulsada) / Ppico = 15 a 30 W / Pmédia = 0,006 W / infravermelho
OBS. Cálculo da Pmédia do AsGa:
Pmédia (W) = Ppico (W) x Freqüência do pulso (Hz) x Largura do pulso (s)
Pmédia (W) = 30 W x 1000 Hz x (200 x 10-9 s)
Pmédia (W) = 6000000 x 10-9 = 0,006 W
Como dito anteriormente, outro fator que influencia a quantidade de energia depositada nos tecidos biológicos é o comprimento de onda (espectro eletromagnético vai desde o infravermelho até o ultravioleta, passando pela luz visível). Sendo assim, quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração de radiação.
Entretanto, a laserterapia de baixa freqüência apresenta baixa profundidade de penetração (9,7 –
Fatores que dificultam a penetração – estrato córneo e a quantidade de melanina
Fatores que aumentam a reflexão – ângulo de incidência sobre a pele e a presença de pomadas, líquidos e secreção sebácea sobre a pele.
As respostas biológicas oriundas da laserterapia ocorrem em função da excitação de elétrons que causa desprendimento de elétrons. O nível de energia encontra-se entre 1 e 4 eletro-volts.
Níveis de energia necessários para promover diferentes respostas nos tecidos biológicos:
Nível de energia | Nível de resposta | Efeito fisiológico |
<> | Vibração molecular | ↑Temperatura |
1,0 a 4,0 ev | Excitação do elétron | Biomodulação (bioestimulação) da função celular |
> 6,0 ev | Ionização | Ruptura das ligações químicas |
Essas respostas biológicas dependem da densidade energética, que representa a quantidade de energia depositada por área. Sendo assim, quanto maior a densidade energética, maior será a reação fotobiológica e consequentemente a ação terapêutica.
Entre os efeitos da laserterapia de baixa potência pode-se citar:
Ação antiinflamatória –
Ação circulatória –
Ação antálgica –
Ação regenerativa –
Embora a radiação laser de baixa potência não tenha capacidade ionizante, isto é, não rompe ligações químicas, a sua propriedade de indução fotobiológica é capaz de provocar ações bioestimulantes e analgésicas.
Ação bioestimulante:
- Atividade do núcleo celular e do sistema DNA-RNA, aumenta a formação de RNAm e consequentemente a síntese protéica.
- Aumento do n◦ e maturação de fibroblastos com conseqüente aumento das fibras de colágeno.
- Neoformação de vasos.
Ação analgésica:
- Redução da transmissão do estímulo doloroso por aumento de síntese de beta-endorfinas* e estimulação de fibras grossas, aumentando o limiar da dor.
- Redução do espasmo muscular (pontos-gatilho) por interferir no ciclo dor-espasmo-dor.
* Opióides endógenos excitam vias descendentes (substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo e núcleos da rafe no bulbo). Vias descendentes estimulam a SG a exercer função inibitória sobre a transmissão nervosa da dor.
Além desses efeitos, a literatura cita:
Efeitos bioquímicos
¡ Estimulação da liberação de substâncias pré-formadas (histamina, serotonina, bradicinina)
¡ Excitação ou inibição das reações enzimáticas normais
¡ Estimulação na produção de ATP no interior das células (aceleração das mioses + AMPc)
¡ Alteração na produção hormonal
¡ Interferência na produção de certas substâncias (ex. prostaglandinas)
¡ Liberação de b-endorfinas e serotonina analgesia)
Efeitos bioelétricos
¡ Normalização do potencial de membrana
Efeitos bioenergéticos
¡ tecido granulação
¡ Regeneração de fibras nervosas
¡ Neoformação de vasos sanguíneo
¡ Regeneração dos linfáticos, modificação da motricidade do linfático
¡ Aceleração do processo de cicatrização
¡ Incremento da atividade fagocitária dos macrófagos
¡ Proliferação dos fibroblastos e da produção de colágeno
¡ Laser de emissão contínua
l Tempo necessário = densidade de energia desejada (j/cm2) x área (cm2) / potência média de emissão (W)
¡ Tamanho da área a ser tratada é similar ao tamanho da área do ponto da caneta
¡ Laser de emissão pulsada
l Necessidade de calcular a potência média de emissão
¡ Potência média (W) = Potência de pico (W) x Largura de pulso (s) x Freqüência de repetição de pulso (Hz)
Durante a aplicação de lasereterapia de baixa potência, é fundamental o uso de óculos protetores tanto para o terapeuta quanto para o paciente. As lentes dos óculos devem restringir a passagem de determinado comprimento de onda (a lente funciona como filtro bloqueando o comprimento de onda do laser).
Para se ter certeza de que os óculos utilizados na aplicação de determinado laser estão cumprindo o seu papel de bloquear a radiação, o profissional deve testá-los.
Outro fator que pode proporcionar redução da energia incidente no tecido é a divergência do feixe. Sendo assim, divergência maior do que 10◦ devem ser evitadas.
Formas de aplicação: varredura (em áreas com feridas abertas) e aplicações pontuais exercendo certa pressão.
Cuidados e precauções:
¡ Ângulo de incidência perpendicular à área
¡ Proteção ocular do terapeuta e paciente
¡ Não aplicar ao redor do globo ocular ou sobre a pálpebra
¡ Não irradiar sobre o útero gravídico ou ovário
¡ Não irradiar sobre glândulas
¡ Não realizar as terapias em salas que refletem muito a luz
¡ É contra-indicado a irradiação sobre neoplasias
¡ As aplicações devem realizar-se sobre a pele isenta de cremes ou secreção sebácea
¡ O uso de altas doses pode promover efeitos adversos
¡ Evitar o uso de laser com drogas fotossensíveis
Referência:
Adotada
Título: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos e recursos patologias.
Capítulo: 8 - Laser p.
Para Saber Mais
Título: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática.
Capítulo: Laserterapia. p.
Título: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia prática baseada em evidências.
Capítulo: Laserterapia de baixa intensidade.
excelente explicaçao...
ResponderExcluirBoa noite, meu nomne é TANIA FIDALGO, sou podologa e estéticista , gostria de saber se esse laser, ajuda no tratamento de micose, onicoimicose, efim na aréa de podologia, e na estética, em tratamento de acnes, manchas..etc>
ResponderExcluirmeu e-mail é: tania_fidalgo@hotmail.com.
Desde já o meu muito obrigada.
Tania Fidalgo