Data: 23 de novembro de 2011
Horário: 13:00hs
Local: Clínica-escola de fisioterapia / UFVJM
Esse blog tem como objetivo facilitar a troca de informações sobre recursos eletro-termo-fototerápicos entre alunos e professores do curso de fisioterapia da UFVJM
Data: 23 de novembro de 2011
Horário: 13:00hs
Local: Clínica-escola de fisioterapia / UFVJM
Os estudos de caso que se seguem demonstram os conceitos da aplicação clínica da estimulação elétrica discutidos em eletroterapia. Com base nos cenários apresentados, propõem-se uma avaliação dos achados clínicos e objetivos do tratamento. Em seguida, há uma discussão dos fatores a serem considerados na seleção da estimulação elétrica como a intervenção indicada e na seleção dos parâmetros ideais para que a estimulação elétrica promova progresso rumo aos objetivos do tratamento.
ESTUDO DE CASO 1 - Toracalgia e Cervicalgia
Exame
História: DS é uma jovem mulher de 28 anos, que foi indicada para fisioterapia com diagnóstico de dor torácica e cervical. DS queixa-se de aumento gradual da dor no pescoço e trapézio superior ao longo das últimas seis semanas. Ela relata que sua dor é pior ao fim do seu dia de trabalho como caixa de supermercado e nota que a dor está mais frequente e intensa que no mês passado. DS afirma que sua dor aumenta com o levantamento e transporte de cargas e qualquer rotação do seu pescoço. Ela teve algumas horas de trabalho reduzidas este mês, por causa do quadro alérgico. Ela foi avaliada por um clínico e a radiografia da sua coluna cervical foi negativa. Ela não tem histórias de arritmias e não tem marcapasso.
Testes e Medidas: A paciente afirma que a intensidade da sua dor cervical é de 6/10. A ADM ativa da sua extremidade superior está dentro dos limites normais, sua força é de 4+/5 bilateralmente e ela está limitada pela dor no pescoço. Sua força no rombóide e trapézio superior é de 4-/5 bilateralmente. A rotação do pescoço e a flexão lateral estão 75% do normal, com a dor bilateralmente. A flexão anterior é desconfortável nos 30% finais da amplitude. A extensão está dentro dos limites normais. À palpação existem significantes nódulos no trapézio superior bilateralmente e pontos-gatilho ao longo da borda medial de ambas as escápulas. DS nega parestesia ou dormência nas extremidades superiores.
Por que esta paciente é candidata à estimulação elétrica? O que deve ser incluído no seu programa de tratamento? Que outros agentes físicos podem ser úteis?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
· Estado Atual: Cervicalgia e toralcalgia. ADM restrita. Diminuição da força do quadrante superior.
· Estado Atual: Dificuldade de levantar e transportar carga.
· Estado Atual: Diminuição das horas de trabalho.
Diagnóstico funcional: Postura deficiente.
Prognóstico/Plano de Tratamento: Esta paciente não parece ter um problema ósseo, devido à normalidade da sua radiografia e à ausência de parestesia. Os nódulos do seu trapézio e os pontos-gatilho escapulares indicam uma causa muscular para a sua dor. Em geral, a TENS é um tratamento indicado para redução da dor. Outros agentes físicos tais como ultrasson ou gelo, e calor, podem ser usados em conjunto com a estimulação elétrica. Esta paciente não apresenta contraindicação ao uso da estimulação elétrica.
Intervenção
Propõe-se que a estimulação elétrica seja usada para o controle da dor visando analgesia rápida e potente. Considerar interferencial vetorial (média frequência, despolarizada) e TENS (baixa frequência, despolarizada) Breve-Intensa.
INTERFERENCIAL VETORIAL | |
Tipo | Parâmetros |
Colocação dos eletrodos | 2 pares de eletrodos posicionados em + em torno da área cervical superior e torácica à direita. 2 pares de eletrodos posicionados em + em torno da área cervical superior e torácica à esquerda. Obs. Circundar a área dolorosa e cuidada para não posicionar eletrodo sobre seio carotídeo. |
Mecanismo | Ativação de aferentes sensitivos A-delta de forma direta resultando em analgesia rápida e potente. - Ativação de vias descendetes. - Liberação de opióides endógenos. - Colisão antidrômica. |
Forma de onda | Corrente despolarizada. Correntes senoidais de média frequência |
Frequência de pulso (Hz) | ↑ > 90Hz (100 a 150 Hz para a interferência) |
Largura do pulso (ms) | ~125 ms (pré-estabelecido no aparelho) |
Modulação (Modo) | ----------- |
Amplitude (mA) | Limiar sensitivo (somente sensorial, conforto do paciente) |
Duração do tratamento (min) | > 30 min (Obs. a paciente poderia utilizar o aparelho durante todo o dia para o controle da dor) |
TENS BREVE-INTENSA | |
Tipo | Parâmetros |
Colocação dos eletrodos | Área dolorosa. 1 par de eletrodos na cervical superior (1 à direita e o outro à esquerda) e 1 par de eletrodos na torácica superior (1 à direita e o outro à esquerda). |
Mecanismo | Ativação de aferentes sensitivos A-delta de forma direta resultando em analgesia rápida e potente. - Ativação de vias descendetes. - Liberação de opióides endógenos. - Colisão antidrômica. |
Forma de onda | Corrente quadrática desbalanceada e despolarizada. |
Frequência de pulso (Hz) | ↑ > 90Hz (100 a 150 Hz para a interferência) |
Largura do pulso (ms) | ↑ > 100 ms (200 a 300 ms) |
Modulação (Modo) | Normal |
Amplitude (mA) | Limiar sensitivo (somente sensorial, conforto do paciente) |
Duração do tratamento (min) | Em torno de 15min/sessão |
ESTUDO DE CASO 2 – Gonalgia (dor joelho) Medial
Exame
História: VP é uma mulher de 47 anos, faxineira, desenvolveu gonalgia medial 4 meses atrás. A cirurgia de artroscopia revelou uma ponta de desgaste da superfície troclear do fêmur, que foi então debridada. VP foi submetida a cirurgia 3 semanas atrás e foi encaminhada à clínica de fisioterapia para avaliação e tratamento. Ela tem tido dificuldade para estender sua perna direita e sustentar o peso total à direita ao caminhar e está incapacitada de trabalhar desde a cirurgia.
Testes e medidas: VP classifica quadro álgico direito em 8/10. À palpação do joelho direito da paciente, há ligeiro calor e hipersensibilidade. As incisões estão bem cicatrizadas. O perímetro no meio da patela direita é de 43 cm e da esquerda de 38 cm. A ADM articular do joelho direito é de 10 a 50 graus de flexão. VP deambula pequenas distâncias em casa sem a ajuda de aparelho, mas com o joelho direito em cerca de 15 a 20 graus de flexão em ortostatismo. Ela apresenta grau 4/5 de força de quadríceps à direita dentro da ADM possível.
Por que a estimulação elétrica seria uma boa escolha para esta paciente? Ela tem alguma contraindicação à estimulação elétrica? Quais são alguns objetivos apropriados?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
Diagnóstico: Mobilidade articular, função motora, desempenho muscular e ADM prejudicados.
Prognóstico/Plano de Tratamento: A estimulação elétrica neuromuscular é um tratamento apropriado para esta paciente porque ajuda a gerar um nível de força maior do que a paciente pode gerar por conta própria. As contrações musculares estimuladas eletricamente ajudam a paciente a aumentar a força da extremidade inferior e pode auxiliar na drenagem do líquido ao redor do seu joelho, contribuindo para a melhora funcional. Esta paciente não tinha contraindicações ao uso de estimulação elétrica.
Intervenção
Para esta paciente, deveria ser usada a estimulação elétrica de média frequência (corrente russa ou interferencial heteródina) visto que objetivaremos aumentar a força muscular principalmente do quadríceps (lado direito).
CORRENTE RUSSA – corrente despolarizada com envoltório quadrático de 10 ms | |
Tipo | Parâmetros |
Colocação de eletrodos | Um canal é ajustado sobre o quadríceps (lado direito), com um eletrodo sobre o ponto motor do reto femoral e o outro na face anterior da coxa seguindo a direção das fibras. O posicionamento pode precisar ser levemente alterado, dependendo da qualidade da contração e do conforto do paciente. Obs. Optar por eletrodos maiores circulares em função do tamanho da área a ser estimulada e conforto da estimulação. Os eletrodos podem ser de silicone-carbone com gel ou descartáveis. Durante a estimulação, solicitar ao paciente que realize contrações musculares junto com a passagem da corrente (iniciar com o paciente em decúbito dorsal / assentado. Terapeuta pode fornecer resistência manual ao movimento) e evoluir para exercícios de agachamento. Terapeuta fornece feed-back verbal e sensorial (usar mãos para auxiliar posicionamento correto) sobre o posicionamento dos pés, joelhos e quadris durante a execução do movimento. |
Largura do pulso | Pré-estabelecido no aparelho. |
Frequência do pulso | Próximo a 50 Hz (50 – 80 Hz para alcançar uma contração regular e suportável) |
Tempo On:OFF | 10 s ON; 50s OFF para iniciar o tratamento, alterando para 10s ON; 30s OFF com o progresso do paciente. |
Tempo de rampa de subida/rampa de descida | 2s rampa para conforto |
Tempo de terapia | 10 – 20 min para produzir 10 a 20 repetições. |
ESTUDO DE CASO 3 – Entorse lateral (inversão) de Tornozelo
Exame
História: MC é um jovem estudante de 23 anos. Ele lesionou seu tornozelo durante uma partida de futebol na escola. Ele foi visto pelo médico ainda em campo e diagnosticado com entorse lateral de tornozelo grau II. Seu tornozelo foi envolto em gelo e ele foi enviado ao vestiário para acompanhamento imediato do fisioterapeuta. O paciente foi orientado a usar muletas sem descarga de peso sobre o tornozelo lesionado para preservá-lo.
Teste e Medidas: A inspeção visual mostrou que o paciente mantém seu tornozelo em uma única posição com extrema hesitação para permitir ao terapeuta mover a articulação. A ADM passiva revelou restrições em todas as direções. A ADM é mínima. A articulação talofibular lateral está sensível ao toque, com descoloração indicativa de hemorragia por toda a face lateral e uma dificuldade para visualizar o maléolo lateral devido ao edema. A área está quente ao toque e apresenta uma leve hiperemia. O estudante está saudável e nega história de câncer, diabetes ou qualquer outro problema de saúde.
Que tipo de processo está ocorrendo no tornozelo deste paciente? Que tipo de estimulação elétrica seria mais útil? Que aspectos da lesão do paciente iria resolver? Que outros agentes físicos podem ser usados junto com a estimulação elétrica?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
Diagnóstico: Mobilidade articular prejudicada, função motora e desempenho muscular e ADM associada à lesão do tecido conectivo.
Prognóstico/Plano de Tratamento: Devido ao mecanismo de lesão, houve um processo inflamatório. A estimulação elétrica usando a CPAV (corrente pulsada de alta voltagem) deve ser uma escolha apropriada de tratamento na medida em que ela tem mostrado retardar a formação de edema durante o estágio inflamatório da lesão e auxilia no processo de cicatrização tecidual. Não existe nada na história do paciente que sugira uma contraindicação ao uso de estimulação elétrica.
Intervenção
CPAV – corrente pulsada de alta voltagem | |
Tipo | Parâmetros |
Colocação de eletrodos | Dois eletrodos de polaridade negativa ao longo das áreas inchadas (eletrodos de tratamento). Um grande eletrodo dispersivo é colocado sobre a panturrilha ou quadríceps. Obs. Pode-se utilizar gelo, compressão e elevação do membro lesionado para ajudar a minimizar a ocorrência de edema. |
Largura do pulso | 40 – 100 ms (pré-estabelecido no equipamento CPAV) |
Frequência do pulso | 120 Hz (60 – 125 Hz) |
Modo | Contínuo |
Amplitude | Somente sensorial. Peça ao paciente para indicar quando começar a ocorrer uma sensação de vibração ou de formigamento. Continue a aumentar a amplitude até alcançar o nível máximo tolerável. |
Tempo de tratamento | 30 min |
Definição: Estimulação elétrica quando aplicada externamente ao corpo, pode desencadear alterações celulares que intensificam o processo de CICATRIZAÇÃO
Correntes elétricas para cicatrização (CPAV / CDBI / diadinâmicas)
Efeitos
Eletroterapia para cicatrização (CPAV)
Eletroterapia - controle do edema associado a inflamação (CPAV)
Iontoforese
Definição: Penetração de substâncias polares pela pele sob um gradiente potencial constante
Corrente utilizada – corrente galvânica (CDBI – corrente direta de baixa intensidade)
Leitura Obrigatória para os Alunos
Adotada: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos e recursos patologias.
Capítulo: 6 - Eletroterapia. p. 148 a 153.
Para Saber Mais
Título: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia prática baseada em evidências.
Capítulo: 3 - Reparo de tecidos.
Título: PRENTICE. W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas.
Capítulo: 2 - O processo de cicatrização e as diretrizes para o uso de modalidades fisioterapêuticas.
IONTOFORESE
Leitura Obrigatória para os Alunos
Adotada: GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos e recursos patologias.
Capítulo: 6 - Eletroterapia. p. 148 a 153.
Para Saber Mais
Título: AGNE, J. E. Eletrotermoterapia teoria e prática.
Capítulo: Galvanoterapia em diante. p. 85 a 110.
Título: PRENTICE. W. E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas.
Capítulo: 6 - Iontoforese.
Uso de correntes elétricas preferencialmente alternadas (despolarizadas) com finalidade de reduzir o quadro álgico.
2 aulas | 24/out | Analgesia por meio de correntes elétricas: aula teórica |
2 aulas | 24/out | Analgesia por meio de correntes elétricas: aula prática |
2 aulas | 31/out | Estimulação muscular por meio de correntes elétricas: aula teórica |
2 aulas | 31/out | Estimulação muscular por meio de correntes elétricas: aula prática |
2 aulas | 7/nov | Efeitos da corrente elétrica na cicatrização e iontoforese: aula teórica |
2 aulas | 7/nov | Efeitos da corrente elétrica na cicatrização e iontoforese: aula prática |
2 aulas | 21/nov | Prova teórica (30 pontos) |
4 aulas | 28/nov | Prova prática I (40 pontos) |
2 aulas | 5/dez | Exame Final |
Disciplina Recursos Terapêuticos I – Profa. Ana Cristina Rodrigues Lacerda
Definição de modalidades elétricas: “Capacidade de receber a corrente elétrica por meio de uma tomada de parede e transformá-la para produzir efeito fisiológico desejado no tecido biológico”.
Definição de corrente elétrica: Conjunto de cargas positivas ou negativas em movimento. Unidade de medida (Ampére – A) → Indica a taxa de fluxo de elétrons (intensidade). Para que a corrente elétrica flua devem existir → Transportadores de carga na matéria (elétrons – metais / íons – soluções eletrolíticas) e Força eletromotriz (voltagem / Unidade = Volts).
Tipos de correntes elétricas:
· Corrente contínua (polarizada) → Cargas se movem sempre em uma mesma direção. Promove mudanças eletroquímicas sob os eletrodos. Utilizada para iontoforese. Promove efeito bioestimulante sobre células não-excitáveis. Pode ser utilizada para estimulação de pontos motores ou nervos periféricos.
· Corrente alternada (despolarizada) → Há a inversão da polaridade em intervalos regulares de tempo. Ideal para atividade excitomotora. Produz formas de ondas que têm 2 fases em cada pulso.
· Trens de pulso ou “burst” → Grupos de pulsos interrompidos por pequenos períodos de tempos e se repetem em intervalos regulares. Usada em corrente “Russa”.
Representação gráfica da corrente elétrica produzida pelo aparelho eletroterapêutico:
Pulsos e Fases do fluxo de corrente:
Eletrodos – primeiro ponto de resistência para as terapias com correntes elétricas.
Tipos de eletrodos:
n Metálicos, de chumbo ou alumínio (C, D)→ Alumínio : menos corrosivo. Apresentam resistência na interface eletrodo-pele. Necessidade de esponja umedecida. Uso: correntes polarizadas
n Silicone-carbono (B) → Uso causa alterações nos íons carbono. Necessidade de uso de gel condutor. Uso: correntes despolarizadas.
n Auto-adesivos (A) → Perde a condutividade com o tempo. Uso: correntes despolarizadas.
Posicionamento dos eletrodos:
Longitudinal Transversal
Tamanho dos eletrodos:
¨ Técnica monopolar → Densidade sob o eletrodo menor é aumentada. Ênfase no local a ser tratado.
¨ Técnica bipolar → Utilização de 2 eletrodos de tamanhos iguais. Distribuição uniforme da corrente pela superfície do segmento a ser tratado.
Colocação dos eletrodos:
n Sobre ou ao redor da área dolorosa
n Sobre os dermátomos que correspondem à área doloroso
n Próximo à medula que inerva área dolorosa
n Sobre nervos periféricos que inervam a área dolorosa
n Sobre estruturas vasculares superficiais
n Sobre pontos motores
Dermátomos:
Miótomos de membros inferiores:
n L2 – Psoas e adutores de quadril (flexão de quadril)
n L3 - Psoas e quadríceps (atrofia coxa - extensão joelho)
n L4 – Tibial anterior e extensor do hálux (dorsiflexão de tornozelo)
n L5 – Extensor do hálux / fibulares / glúteo médio / dorsiflexão tornozelo (atrofia panturrilha – extensão hálux)
n S1 – Panturrilha e posterior da coxa / atrofia glúteos / fibulares / flexores plantares (flexão plantar tornozelo / eversão tornozelo / extensão quadril)
n S2 – Similar S1 exetuando fibulares
Modulações da corrente: Qualquer alteração que se faça na corrente original.
Tipos de modulação:
n Variações de amplitude → modulações na amplitude de pico de uma série de pulsos.
n Variações de freqüência de pulso variações cíclicas no número de pulsos aplicados por unidade de tempo.
n Trens de pulso (Burst) → Repetição seqüencial de uma série de pulsos. Comum em estimulações excitomotora por minimizar a fadiga. Burst + Modulação em amplitude - contração mais agradável.
n Modulação VIF (variação na freqüência e intensidade) → Utilizadas nas correntes empregadas em longos períodos de estimulação. Consegue-se retardar a ACOMODAÇÃO.
Freqüência das correntes:
n Correntes de baixa freqüência → < 1000 Hz (< 250 Hz)
n Correntes alternadas de média freqüência → 1000 a 4000 Hz (moduladas em baixa freqüência: ~50 Hz para contração muscular)
Freqüência das correntes com suas respectivas ações:
Estrutura estimulada | Freqüência (Hz) |
Nervos simpáticos | 0-5 |
Músculo não-estriado | 0-10 |
Nervos parassimpáticos | 10-150 |
Nervos motores | 10-50 |
Nervos sensoriais | 90-110 |
Parâmetros ajustáveis:
n Características do pulso → Freqüência do pulso. Amplitude da corrente. Largura do pulso. Intervalo do interpulso.
n Eletrodos → Tipo. Distância. Posicionamento. Tamanho.
n Características da corrente elétrica → Tipo de corrente. Formas de onda. Modulações.
n Tempo total de terapia.
Contra-indicações gerais para estimulação elétrica:
n Usuários de marcapasso cardíaco
n Cardiopatas
n Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos
n Vasos vulneráveis à hemorragia
n Área abdominal de gestantes
n Sobre seios carotídeos
n Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras
n Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada
n Tecidos neoplásicos
n Estado febril
n Infecções em geral
n Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional)
Referências Bibliográficas:
Cameron, M.H. Agentes físicos na reabilitação – da pesquisa à prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 3º edição, 2009.
Guirro, E; Guirro, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos, recursos e patologias. São Paulo: Manole, 2004.
Kitchen, S.; Bazin, S. Eletroterapia prática baseada em evidência. São Paulo: Manole, 2003.
Prentice, W.E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. Porto Alegre: Artmed, 2º edição, 2004.
Localização dos melhores pontos de estimulação com a ‘Técnica do Dedo’ e
Determinação da melhor freqüência e modo de estimulação clínica.
1. Selecione qualquer gerador TENS e ajuste nos seguintes parâmetros: (T = 100 ms; F = 75 Hz, por exemplo).
2. Usando um canal de estimulação, dê um eletrodo auto-adesivo ou de borracha de silicone-carbono para o paciente segurar; segure o outro na palma de sua mão.
3. Faça contato de seu dedo indicador com o corpo do paciente e aumente a intensidade da corrente até você sentir um pouco do formigamento da corrente passando pelo seu dedo (nível sensorial fraco).
4. Com seu dedo, faça uma “palpação elétrica” das áreas de dor referidas pelo paciente, buscando nelas pontos gatilhos (ou pontos de acupuntura, ou pontos motores, ou áreas de inervação sensorial relacionadas à dor referida). Você saberá que encontrou esses pontos de maior sensibilidade elétrica ao perceber mais corrente passando pelo seu dedo, ou com o paciente referindo sensações de corrente a distância do ponto que está sendo palpado, ou ambas as coisas, sem que a amplitude da corrente do aparelho tenha sido aumentada. Esses pontos são “pontos de baixa impedância elétrica”, por onde a energia da corrente flui com maior facilidade e que, por isso, são pontos ótimos de estimulação, devendo ser usados preferencialmente como alvos de estimulação.
5. Localize e marque até 4 pontos, pois o aparelho tem dois canais, permitindo o uso de quatro eletrodos de estimulação na aplicação terapêutica posterior.
6. Peça ao paciente para que ele perceba qual é a impressão sensorial deixada pela corrente (“Prestar atenção no tipo de formigamento, se é agradável ou desagradável.”)
7. Feito isso, diminua a freqüência da estimulação para o mínimo que o aparelho permitir (no caso, 10 Hz).
8. Peça para o paciente comparar a sensação com a anterior (Melhor? Pior?)
9. Aumente a freqüência para o máximo que o permitir (no caso, 166 Hz) e repita o passo 8 (Melhor ou pior que as anteriores?)
10. Teste pelo menos mais duas ou três freqüências (por exemplo, 25, 80 e 125 Hz).
11. Quando o paciente decidir qual é, para ele, a melhor freqüência, passe a estimulação para o modo Burst e pergunte novamente (“Melhor ou pior?”).
12. A estimulação terapêutica posterior à Técnica do Dedo deve ser feita com os eletrodos convencionais, colocados sobre os pontos que foram localizados (dois ou quatro), na freqüência e no modo que o paciente preferiu e com uma intensidade fixada num nível sensorial forte.
Observações:
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Palavras-chave: lasertherapy, cryotherapy, inflammation, pain
Animal Medical Center, New York, New York 10021, USA. renee.shumway@amcny.org
Physical therapy is commonly used postoperatively in humans to decrease pain, inflammation and recovery time. The same goals can be achieved in our veterinary patients using similar modalities such as; cryotherapy, passive range of motion, massage, transcutaneous electrical stimulation and low-level light laser therapy. When used in the first 48 hours following surgery, the reduction in pain, increased mobility, and decreased inflammation will aid in early return to normal function. Applied appropriately these treatments have both immediate and long term benefits.
Foot and Ankle Institute of Santa Monica, 2121 Wilshire Blvd, Suite 101, CA 90403, USA. tamara@athleticpt.com
Post-operative care of the surgical patient significantly contributes to the success of the surgical procedure. Post-operative physical therapy is directed at reducing pain and inflammation, preventing or minimizing scar tissue, and returning the patient to full function. An individualized and well-planned therapeutic exercise program is an integral part of the post-operative care. Manual therapy techniques are utilized to break up scar tissue and reduce joint stiffness. Pain and inflammation can be addressed by modalities such as ultrasound, laser, and electrical stimulation in addition to cryotherapy.
The Edward Via Virginia College of Osteopathic Medicine, Virginia Tech Sports Medicine, 112 Merryman Center, Blacksburg, VA 24061, USA. techmd@vt.edu
There is much lore about training room treatments for common overuse and traumatic musculoskeletal injuries. This review looks at the evidence behind many of the common transdermal treatments that are purported to reduce pain and inflammation and improve function. These include cryotherapy, laser treatments, electrical stimulation, ultrasound and phonophoresis, extracorporeal shock wavetherapy, and iontophoresis. In addition, there are numerous over the counter sports creams and prescribed topical treatments that are routinely used. With the pressure to treat athletes safely and efficiently, sports practitioners must rely on well-proven evidence to build the most effective treatment plans.
Conforme dito em sala de aula, quando se pretende tratar tecido biológico em fase inflamatório, a intensidade média na área a ser tratada não deverá ser maior do que 0,2W/cm2 a fim de permitir que os efeitos mecânicos da onda sonora (microfluxo acústico e cavitação estável) ocorram na membrana das células sem que os efeitos térmicos do recurso sejam lesivos nesta fase. Diante disso, a resposta do aluno Tássio Almeida (enviada no dia 26 de setembro de 2011) está correta.
Intensidade Instantânea = 1 W/cm2 (Lembrar: A cada 1 cm de profundidade nos tecidos biológicos, há uma atenuação da onda sonora em torno de 50%).