domingo, 27 de setembro de 2009

AGENTES ELETROMAGNÉTICOS: RADIAÇÃO INFRAVERMELHA E ULTRAVIOLETA

DISCENTES:TATIANE LÍLIAM ARAÚJO E VINÍCIUS DE OLIVEIRA OTTONE

O que são ondas eletromagnéticas?

São aquelas criadas a partir de cargas elétricas vibrantes, cujo movimento de vibração origina campos elétricos e magnéticos oscilantes. Essas ondas não necessitam de um meio material para se propagarem.

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Fonte:http://electronicapt.do-forum.com/curso-de-electronica-por-jose-flor-ozflor-f7/curso-de-electronica-parte-15-oscilacoes-t18.htm

Comprimento de onda: Distância entre duas cristas ou dois vales ou uma crista e um vale.

Ciclo: Uma onda por segundo

Freqüência: Número de ciclos por segundo ou Hertz

Luz Branca: Composta por vários comprimentos de onda e freqüência. A "luz" constitui uma estreita faixa do espectro eletromagnético dividida em intervalos arbitrários e aproximado, pois não há limites nítidos entre as cores. A transição entre cores vizinhas se dá de maneira gradual, como se pode verificar em um arco-íris.

A freqüência da luz cresce do vermelho para o violeta nos seguintes intervalos de freqüência:

0,65 m a 0,74 m Vermelho

0,59 m a 0,65 m Laranja

0,54 m a 0,59 m Amarelo

0,49 m a 0,54 m Verde

0,42 m a 0,49 m Azul

0,36 m a 0,42 m Violeta

Um experimento do conhecimento de todos é que quando a luz branca incide em um prisma, há a decomposição desta nas cores do arco-íris.

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Fonte: http://www.if.ufrj.br/teaching/luz/cor.html

Luz incide no local pode ser absorvida,refletida ou refratada.

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Fonte: http://www.if.ufrj.br/teaching/luz/cor.html

Espectro; O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação eletromagnética que vai da região das ondas de rádio até os raios gama.

As radiações com comprimento de onda superior a 0,74m são ditas infravermelhas. Por outro lado, àquelas cujo comprimento de onda é inferior a 0,36m chamam-se ultravioletas. Logo, o espectro eletromagnético é subdividido em três faixas: ultravioleta, visível e infravermelha.

Cada espectro vai ter um efeito fisiológico diferenciado:

Ø Efeito térmico: infravermelho, microondas e ondas curtas.

Ø Efeito fotoquímico: Ultravioleta.

Classificação quanto ao comprimento de onda (quanto maior o comprimento , maior a penetração):

Ondas curtas>microondas>infravermelho>ultravioleta

Potência: Força eletromotriz (Quanto maior a potencia maior o poder de penetração da onda).

RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

Definição:

A radiação infravermelha é um agente térmico superficial usado para o alívio da dor e da rigidez, para aumentar a mobilidade articular e favorecer a regeneração de lesões de tecidos moles e problemas de pele.

Características Físicas:

As radiações infravermelhas (IV) se acham dentro daquela parte do espectro eletromagnético cujas ondas produzem aquecimento ao serem absorvidas pelo material (tecido biológico).

Possuem comprimento de onda que se acham entre as microondas e a luz visível.

Pode ser refletidas, absorvidas, transmitidas, sofrer refração e difração pela matéria, sendo a reflexão e a absorção os processos de maior significância biológica e clínica. Esses efeitos modulam a penetração da energia dentro dos tecidos e desse modo as alterações biológicas que ocorrem.

A absorção depende:

Ø Da estrutura e do tipo de tecido

Ø Vascularidade

Ø Pigmentação

Ø Comprimento de onda

A penetração depende:

Ø Intensidade da fonte de IV

Ø Do comprimento de onda

Ø Do ângulo com que a radiação atinge a superfície (Incidência de 90º). Quanto menor ângulo de incidência maior são as chances de reflexão.

Ø Do coeficiente de absorção do material

Observação: Os comprimentos de onda principais usados na prática clínica são aqueles entre 0,7 um e 1,5 um e estão, portanto concentrados na banda de IVA.

Produção de radiação infravermelha pelos corpos:

A temperatura do corpo afeta o comprimento de onda da radiação emitida, com a freqüência média da radiação emitida aumentando com o aumento da temperatura. Assim, quanto mais alta a temperatura do corpo mais alta a freqüência média de saída e, conseqüentemente, mais curto o comprimento de onda.

Tipos de fontes IV:

A) IV artificial: é normalmente produzido passando-se uma corrente elétrica através de um fio de resistência espiral. Exemplo: Os geradores luminosos, geradores não luminosos e lâmpadas.

B) IV natural: O sol.

Efeitos das radiações IV:

Ø Aquecimento: Quando incidimos radiação IV ocorre vasodilatação porque ocorre agitação das moléculas, produção de calor, aumento de temperatura local e metabolismo, ou seja, não tem a homeostasia térmica; ocorre um fluxo de sangue para o local com objetivo de dissipar esse calor. Algum aquecimento pode ocorrer mais profundamente devido à transferência de calor dos tecidos superficiais, tanto por condução direta como por convecção, em grande parte através do aumento da circulação local. O IV deve, portanto ser considerado uma modalidade de aquecimento superficial.

Ø Fisiológicos: Aquecimento local do tecido. As drenagens linfáticas e venosas aumentam, melhorando a absorção do edema.

Ø Analgesia: Receptores de temperatura conduzem informação ate o tálamo que ativa a via descendente fechando o portão da dor.

Aplicação clínica:

Ø Seleção do equipamento: lâmpada luminosa, radiante ou não-luminosa

Ø Aquecimento: Lâmpada não luminosa aproximadamente 15 min.; lâmpada luminosa, apenas alguns minutos.

Ø A pessoa: em posição confortável, com apoio, permitindo que esta permaneça parada durante o tratamento.

Ø Medidas de segurança: Os olhos do paciente devem ser cobertos.

Ø Lâmpada: Posicionada de modo que a radiação incida perpendicularmente sobre o tecido.

Ø Dosagem: É determinada pela resposta da pessoa.

Riscos:

Ø Pele

Ø Tecidos subdermais

Ø Testículos

Ø Sistema respiratório

Ø Pessoas susceptíveis

Ø Dano óptico

Medidas de segurança: A lâmpada deve ser verificada.

Contra-indicações:

Ø Áreas de sensibilidade térmica cutânea ruim ou deficiente.

Ø Pessoas com doença cardiovascular

Ø Áreas com circulação periférica local comprometida

Ø Tecido cicatricial ou desvitalizado por radioterapia profunda

Ø Tecido maligno na pele

Ø Pessoas com baixo índice de consciência

Ø Pessoas com enfermidade febril aguda

Ø Sobre os testículos

Ø Processo inflamatório local

TERAPIA ULTRAVIOLETA

Definição física

A radiação UV é definida como toda a radiação com comprimento de onda menor que 400nm (λ < 400nm, 1nm = 10-9m). Sua principal fonte é o sol (a porção UV é menos de 10% do total de sua energia).

Mesmo na porção ultravioleta do espectro os efeitos biológicos da radiação variam muito com o comprimento de onda e, por essa razão, o espectro ultravioleta é subdividido em três regiões:

1. UVA: 400-320 nm

2. UVB: 320-290 nm

3. UVC: 290-200 nm

Radiação UVA

Ø A atmosfera é bastante permeável à esta faixa de radiação. Assim, boa parte da radiação UVA que atinge a camada superior da atmosfera consegue atravessá-la com pouca atenuação.

Ø Muito pouco absorvida pela camada de ozônio. Penetra profundamente nas camadas da pele causando danos à saúde. 

Radiação UVB

Ø A camada de ozônio absorve boa parte da radiação UVB que chega a terra.

Ø Mesmo em pequenas quantidades pode ser substancialmente danosa à saúde. Não penetra tão profundamente na pele quanto à radiação UVA.

Radiação UVC

Ø É totalmente absorvida pela camada de ozônio.

Ø É altamente penetrante e danosa a saúde,  e teríamos sérios problemas se ela atingisse a superfície terrestre.

Ø A ilustração a seguir, permite observar a intensidade com que as radiações UVA, UVB e UVC atingem a superfície.

Ø Tem ação germicida e bactericida

Efeitos biológicos da radiação ultravioleta

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Ø Eritrema

Ø Bronzeado

Efeito na pele

Ø Hiperplasia

Ø Produção de vitamina D

Ø Envelhecimento

Ø Câncer de pele

Efeitos nos olhos

Ø clip_image008Fotoqueratite e conjuntivite

Ø Catarata

Fototerapia

O tratamento de doenças da pele através da exposição à radiação UV é denominado fototerapia.

Doenças que são tratadas com fototerapia ultravioleta são:

Ø Psoríase

Ø Eczema

Ø Acne

Ø Vitiligo

Ø Pitiríase liquenóide crônica

Ø Erupção polimórfica pela luz (e outros distúrbios fotossensíveis)

Ø Prurido (particularmente relacionado a doença renal

Espectro de resposta terapêutica

A sensibilidade para desenvolver eritema ou "queimadura de sol" da pele varia grandemente com o comprimento de onda da radiação ultravioleta; a UVB é 100-1000 vezes mais potente na indução de eritema do que a UVA.

Tempo de tratamento

Os tempos de tratamento dependem não apenas do espectro de radiação, mas também de fatores como potência elétrica, número de lâmpadas, distância entre a lâmpada e a pele e diferenças na suscetibilidade do paciente à radiação UV.

Efeitos colaterais

O principal efeito colateral da fototerapia com UVB é o desenvolvimento de eritema ou, em casos mais graves, bolhas e subseqüente descamação da pele.

Segurança da equipe

A exposição à radiação ultravioleta pode produzir efeitos prejudiciais aos olhos e à pele,

Ø Aparelho de ultravioleta bem projetado;

Ø Uso de óculos ou protetores de face apropriados

Ø Roupas opacas apropriadas para UV;

Ø Acesso limitado à área para pessoas diretamente relacionadas ao trabalho;

Ø Conscientização da equipe sobre os riscos potenciais associados com a exposição às fontes de radiação ultravioleta.

Comentários:

Quando a radiação é incidida num ângulo de 45º, a chance de reflexão é maior, o que não garante uma boa absorção pelo tecido. Portanto, a absorção ótima necessita de um ângulo de incidência mais próximo possível dos 90º.

Cor da pele escura: a melanina absorve a radiação e transforma em calor. Bloqueia a passagem da radiação superficialmente fazendo com que a penetração seja menor. Isso é benéfico quando a exposição é muito prolongada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

KITCHEN, Sheila. Eletroterapia - Prática baseada em evidências.11 ed.Tamboré-Barueri-São

Paulo, 2003.cap.10,p.139-144.cap.13,191-207

http://www.dermatologia.net/novo/base/radiacaouv.shtml

http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/rad-uv-seelig.pdf

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Estudo de Casos Clínicos

Os estudos de casos que se seguem resumem os conceitos de diatermia e/ou radiação ultravioleta discutidos em sala de aula.

Estudo de caso 1. Capsulite Adesiva

AL é professora de 45 anos de idade. Ela foi diagnosticada com capsulite adesiva no ombro direito e foi encaminhada à fisioterapia. Ela relata rigidez no ombro, com sensação de aperto no final do movimento. Embora consiga realizar a maior parte de suas atividades instrumentais de vida diária, ela relata dificuldade para alcançar coisas altas o que interfere no alcance de objetos em prateleiras altas e tem dificuldade ao vestir roupas apertadas.

O exame objetivo revela restrição de ADM ativa e passiva no ombro direito e restrição passiva glenoumeral de articulação inferior e no deslizamento posterior. Todos os outros testes, incluindo limite de movimentação cervical e de cotovelo, força e sensação das extremidades superiores estavam dentro dos limites de normalidade.

ADM ombro:

Ativa

D

E

Flexão

120º

170º

Abdução

100º

170º

Mão atrás das costas

Direita 5 polegadas abaixo da esquerda

Passiva

Flexão

130º

175º

Abdução

110º

175º

Rotação interna

50º

80º

Rotação externa

10º

80º

Quais são os objetivos de tratamento para essa paciente?

Que tipo de diatermia seria a mais apropriada?

Como seria o melhor posicionamento da paciente durante o tratamento?

Quais as contra-indicações deveriam ser averiguadas antes da intervenção?

Quais parâmetros (dose, tempo de tratamento) e técnica utilizada para a terapia?

O que deveria ser feito além da diatermia?

Qual (is) parâmetro(s) o fisioterapeuta deveria utilizar para acompanhar a evolução do quadro?

Estudo de caso 2. Úlcera de pressão sacra

KU é um homem de 90 anos de idade. Apresenta úlcera de pressão próxima ao maléolo lateral do membro inferior esquerdo. Ele está acamado, minimamente responsivo e dependente para todos os movimentos no leito e atividades de alimentação. Ele consegue engolir, mas come muito pouco. O tratamento até agora consistiu em um acentuado desbridamento e curativo. Embora o tratamento tenha reduzido a secreção amarela, houve uma pequena mudança na área da ferida no último mês.

A úlcera de pressão tem 6 x 5 cm e 3 cm de profundidade na área mais profunda. Não há saída de exsudato. Aproximadamente 70% da ferida estão vermelhas e granuladas e 30% estão cobertos com secreção amarelada.

Quais são os objetivos de tratamento para esse paciente?

Das terapias discutidas até o presente momento, qual tipo de terapia poderia ser utilizada?

Com que freqüência a terapia deverá ser utilizada?

Quais os parâmetros para prescrever a dose da terapia? Qual o posicionamento e cuidados durante a terapia?

Quais contra-indicações deverão ser averiguadas?

Que outros aspectos do cuidado com a ferida são importantes para esse paciente?

Qual (is) parâmetro(s) o fisioterapeuta deveria utilizar para acompanhar a evolução do quadro?

sábado, 5 de setembro de 2009

CRIOTERAPIA

ALUNOS: Jonathan Lopes Moreira, Angélica Aparecida dos Santos Silva

5º Período – Segundo Semestre de 2009

“As lesões musculoesqueléticas devem ser tratadas inicialmente com proteção, restrição de atividades, aplicação de gelo, compressão e elevação (PRICE).”

“. . . recomenda-se que a Crioterapia seja aplicada imediatamenta após uma lesão, e durante toda fase inflamatória.”

DEFINIÇÃO

A Crioterapia se baseia no uso terapêutico do frio, com aplicações clínicas em reabilitação e outras áreas da medicina. Ela exerce seus efeitos terapêuticos influenciando os processos hemodinâmicos, neuromusculares e metabólicos.

Na reabilitação, aplica-se leve resfriamento para controle da inflamação, do edema, para reduzir espasticidade, para controlar sintomas de esclerose múltipla e facilitar movimentos.

EFEITOS FIOLÓGICOS DA CRIOTERAPIA

EFEITOS HEMODINÂMICOS:

-Ativação de receptores cutâneos, levando a contração dos músculos das paredes dos vasos sanguíneos. (Vasocontrição - Ação direta);

-Menor liberação de mediadores vasodilatadores, tais como histamina e prostaglandina, diminuindo a vasodilatação. (Vasocontrição - Ação indireta);

-Diminuição da circulação e aumento da viscosidade, como conseqüência ocorre o aumento da resistência vascular;

-Aumento posterior do fluxo sanguíneo.

EFEITOS METABÓLICOS:

-O resfriamento diminui a velocidade de todas as reações metabólicas, incluindo as informações e processos de cura;

-Redução de hipóxia secundária a lesão.

EFEITOS NEUROMUSCULARES:

-Quando se diminui a temperatura do nervo, a velocidade de condução nervosa decresce em proporção ao grau e á duração da variação da temperatura (Redução na atividade do neurônio motor gama para as fibras intrafusais e redução na freqüência de disparo e comprometimento na condução das fibras aferentes e OTG.);

-Bloqueio parcial ou total da transmissão de impulsos dolorosos para o córtex cerebral, causando o aumento do limiar da dor e diminuição do quadro álgico;

-Dependendo da duração e do tempo de medida, a crioterapia tem sido associada tanto ao aumento (Facilitação da excitabilidade das fibras motoras) como á queda da força muscular (redução do fluxo sanguíneo para os músculos, lenta condição nervosa motora, aumento na viscosidade muscular e rigidez das articulações ou tecidos moles);

-Redução temporária da espasticidade.

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EFEITOS TERAPÊUTICOS DA CRIOTERAPIA

CONTROLE DE INFLAMAÇÕES:

-Utilizada no controle de inflamações agudas, acelerando a recuperação da lesão ou do trauma. Em pacientes portadores de condições inflamatórias crônicas tais como artrose e artrite reumatóide, sua utilização pode ser valiosa;

-A diminuição da temperatura do tecido reduz a velocidade das reações químicas ocorridas durante a resposta inflamatória aguda, e também reduz calor, vermelhidão, edema, dor e a perda de função associada a essa fase da recuperação do tecido;

CONTROLE DE EDEMAS:

-Redução da pressão do líquido intravascular, com a redução do fluxo sanguíneo para a área inflamada;

-Controle do aumento da permeabilidade capilar.

CONTROLE DA DOR:

-Controle da transmissão de dor com a atividade dos receptores térmicos cutâneos (redução da velocidade de condução de estímulos nociceptivos para centros cerebrais superiores);

-Ativação de Vias Descendentes que fecham o portão da dor.

INDICAÇÕES:

  • Durante a inflamação aguda ou subaguda;
  • Dor aguda;
  • Dor crônica;
  • Inchaço agudo;
  • Espasmo muscular;
  • Bursite;
  • Tenosinovite;
  • Tendinite;

· Contusão aguda.

CONTRA INDICAÇÕES:

  • Hipersensibilidade ao frio (Urticária causada pelo frio);
  • Sobre nervos periféricos em regeneração;
  • Sobre uma área que apresenta comprometimento circulatório ou doença vascular periférica;
  • Circulação prejudicada;
  • Anestesia da pele;
  • Infecção;
  • Feridas abertas ou problemas de pele.

PRECAUÇÕES:

· Sobre o ramo principal superficial de um nervo;

· Sobre uma lesão aberta;

· Hipertensão;

· Déficit de sensibilidade ou de estado mental;

· Pacientes de idades extremas (muito jovens ou muito idosos).

CRIOTERAPIA GERAL:

A crioterapia pode ser aplicada com a utilização de vários materiais, incluindo compressas frias ou bolsas de gelo, copos de gelo, unidades de compressão de frio controlado, sprays congelantes, toalhas congeladas, água gelada, turbilhão e banhos de contraste. Cada material tem sua velocidade e intensidade de resfriamento.

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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Estudo de Casos Clínicos - Termoterapia Superficial por Frio ou Calor

Os estudos de caso citados abaixo resumem alguns conceitos de termoterapia superficial por frio e calor discutidos em aulas teóricas e práticas. Com base nos casos apresentados, peço-lhes para propor os objetivos do tratamento e em seguida comentar os fatores a serem considerados na seleção dos recursos supracitados como a intervenção de escolha. Além disso, vocês terão que comentar qual o agente de termoterapia superficial por calor ou frio ideal para promover o progresso rumo aos objetivos estabelecidos.

OBS. Vocês deverão se reunir em grupos (máximo 3 alunos) e responder as questões abaixo.

Caso 1:

Exame

WF é um professor do sexo masculino, com 38 anos de idade. Ele lesionou seu joelho esquerdo há 3 meses jogando futebol, e foi tratado de forma conservadora com anti-inflamatórios não esteróides e fisioterapia por 6 semanas, apresentando uma melhora moderada nos sintomas. Entretanto, ele não consegue retornar às atividades esportivas devido à dor contínua no joelho medial. Uma ressonância magnética realizada 2 semanas atrás revelou lesão de menisco medial. Diante disso, o paciente foi submetido a uma artroscopia para menisectomia há 4 dias. O referido paciente foi encaminhado à fisioterapia para avaliação e tratamento. Na avaliação, WF acusa dor no joelho, que reduziu de 9/10 para 7/10 desde a cirurgia, mas aumenta com descarga de peso sobre o membro lesionado. Os seus movimentos estão limitados às tarefas instrumentais e de vida diárias e ele relata rigidez no joelho.

Teste e Medidas

O exame objetivo revela moderado aquecimento no joelho esquerdo (face Antero-medial), com restrição da ADM a -10 graus de extensão e 85 graus de flexão. O paciente deambula sem auxílio para locomoção, mas com fase diminuída no lado ipsilateral à lesão e com o joelho semi-fletido (30 graus de flexão) durante o ciclo da passada. A perimetria do joelho esquerdo no nível médio-patelar é de 45 cm e, no joelho direito de 38 cm.

Responda

1. Quais seriam os objetivos para o tratamento desse paciente?

2. Que sinais e sintomas nesse caso podem ser tratados por termoterapia superficial por frio (crioterapia)?

3. Quais contra-indicações deverão ser verificadas antes do uso do recurso?

4. Quais aplicações de crioterapia seriam adequadas para esse paciente (descrever a técnica de aplicação, posicionamento do paciente, tempo de aplicação, cuidados a serem tomados e orientações)?

5. Quais não seriam adequadas?

Caso 2:

Exame

LH é uma mulher de 67 anos de idade que procurou o serviço de fisioterapia para avaliação e tratamento por apresentar diagnóstico de artrose das mãos. Ela acusa rigidez e dor em todas as articulações dos dedos, o que dificulta segurar utensílios de cozinha e realizar outras atividades domésticas, além de dor ao escrever. Ela relata que esses sintomas tem piorado nos últimos 5 anos e se intensificaram no mês passado desde que suspendeu o uso de anti-inflamatórios não esteroidais devido a efeitos gástricos colateriais.

Teste e Medidas

O exame revela rigidez e ADM de flexão restrita das articulações interfalangianas proximais dos dedos 2 a 5 a aproximadamente 90 graus e ligeiro desvio ulnar nas articulações carpometacarpianas bilateralmente. As articulações não se apresentam quentes ou edematosas, e a sensibilidade está inalterada em ambas as mãos.

Responda

1. Essa condição é aguda ou crônica?

2. Quais seriam os objetivos para o tratamento desse paciente?

3. O que deve ser considerado antes do uso de calor em um paciente com condição inflamatória?

4. Quais contra-indicações deverão ser verificadas antes do uso do recurso?

5. Que tipos de termoterapia seriam adequadas para esta paciente (descrever a técnica de aplicação, posicionamento do paciente, tempo de aplicação, cuidados a serem tomados e orientações)?

6. Quais tipos seriam inadequadas?