terça-feira, 25 de outubro de 2016

QUESTÕES TERMOTERAPIA

1.    Um indivíduo sente dor e espasmos no trapézio superior bilateralmente. O fisioterapeuta decide usar aquecimento para reduzir o ciclo dor-espasmo-dor. Você acredita que este recurso poderia contribuir com a redução do ciclo dor-espasmo-dor?  Justifique.

2.    Considerando que o aumento da temperatura no músculo acima de 41ºC poderia diminuir a força muscular, bem como a velocidade de condução nervosa e de disparo neuronal, uma modalidade terapêutica de termoterapia superficial por calor poderia ser uma estratégia terapêutica para uso antes de treino de força ou explosão (atividades esportivas de alta intensidade)? 

3.    O que poderia ser feito para que a temperatura de um músculo aumente (próximo a 39ºC) visando uma melhora no desempenho físico? 

4.    Em situação onde a carga de calor para o músculo é acima de 41ºC há melhora da força muscular?  Justifique.

5.    Porque a parafina é uma modalidade de termoterapia superficial mais usada que a bolsa de água quente? 


6.    Porque o banho de contraste poderia ser benéfico em caso de edema crônico de tornozelo?  Comente e descreva a técnica. Qual estratégia cinesioterapêutica poderia ser utilizada junto com o banho de contraste para ajudar a drenar o edema instalado? 

sábado, 15 de outubro de 2016

Aula de fisiologia da dor será ministrada segunda-feira no horário normal da aula de recursos terapêuticos

Informo que a aula sobre "Fisiologia da Dor", agendada no cronograma da disciplina para a próxima quarta-feira, será ministrada segunda-feira, às 14h, pavilhão de salas de aula.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Crioterapia - material para trabalhar na monitoria (vivência prática e resposta às questões)

Data para entrega do material: 24 de outubro de 2016.
     
        Explique os efeitos fisiológicos do frio:     

Hemodinâmicos
·         ↓ inicial do fluxo sanguíneo
·         ↑ posterior do fluxo sanguíneo
2.        Neuromusculares
·         ↓ velocidade de condução nervosa
·         ↑ posterior do fluxo sanguíneo
3.        Alteração da força muscular
·         ↓ espasticidade
·         Facilitação da contração muscular
4.        Efeitos metabólicos
·         ↓ velocidade do metabolismo
·         ↓ hipóxia secundária à lesão

Comente sobre as fases do frio:
1.        Frio intenso
2.        Queimação
3.        Dor
4.        Analgesia
5.        Formigamento

Quais as indicações e contraindicações/precauções da crioterapia (justifique).


Caso clínico:  Exame: WF é um professor do sexo masculino, com 38 anos de idade. Ele lesionou seu joelho esquerdo há 3 meses jogando futebol, e foi tratado de forma conservadora com anti-inflamatórios não esteróides e fisioterapia por 6 semanas, apresentando uma melhora moderada nos sintomas. Entretanto, ele não consegue retornar às atividades esportivas devido à dor contínua no joelho medial. Uma ressonância magnética realizada 2 semanas atrás revelou lesão de menisco medial. Diante disso, o paciente foi submetido a uma artroscopia para menisectomia há 4 dias. O referido paciente foi encaminhado à fisioterapia para avaliação e tratamento. Na avaliação, WF acusa dor no joelho, que reduziu de 9/10 para 7/10 desde a cirurgia, mas aumenta com descarga de peso sobre o membro lesionado. Os seus movimentos estão limitados às tarefas instrumentais e de vida diárias e ele relata rigidez no joelho.
Teste e Medidas: O exame objetivo revela moderado aquecimento no joelho esquerdo (face Antero-medial), com restrição da ADM a -10 graus de extensão e 85 graus de flexão. O paciente deambula sem auxílio para locomoção, mas com fase diminuída no lado ipsilateral à lesão e com o joelho semi-fletido (30 graus de flexão) durante o ciclo da passada. A perimetria do joelho esquerdo no nível médio-patelar é de 45 cm e, no joelho direito de 38 cm.
Responda
1.       Quais seriam os objetivos para o tratamento desse paciente?
2.       Que sinais e sintomas nesse caso podem ser tratados por termoterapia superficial por frio (crioterapia)?
3.       Quais contra-indicações deverão ser verificadas antes do uso do recurso?
4.       Quais aplicações de crioterapia seriam adequadas para esse paciente (descrever a técnica de aplicação, posicionamento do paciente, tempo de aplicação, cuidados a serem tomados e orientações)?

5.       Quais não seriam adequadas?   


1.        
5. 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO – INFLAMAÇÃO

Questão 1. Após os leucócitos “deixarem” os vasos sanguíneos, a migração tecidual destes para o local da infecção ou lesão é mediada através de qual substâncias que atuam como um fator quimiotático? Discorra brevemente sobre o assunto.
Questão 2. Após uma lesão aguda do tornozelo, o tecido lesado foi amplamente substituído por capilares, fibroblastos e colágeno. Uma variedade de células inflamatórias está presente. Quais células inflamatória desempenha um papel importante no processo de cura? E qual a intervenção do fisioterapeuta nessa fase?
Questão 3: Descreva as características das 3 fases do processo de cicatrização, quais os sinais clínicos e a intervenção fisioterapêutica em cada caso.
Questão 4: Imediatamente após lesão aguda, inicia-se uma cascata de resposta inflamatória aguda que é necessária para o processo de cicatrização-reparo das células lesionadas. Assim, descreva as principais alterações que ocorrem na fase inflamatória aguda da lesão.
·         Alterações ultra-estruturais
·         Alterações metabólicas
·         Alterações hemodinâmicas
·         Alterações permeabilidade
·         Migração, marginação e diapedese leucocitária
·         Fagocitose celular
Questão 5:  Quais são os principais fatores que desencadeiam os sinais flogísticos de inflamação abaixo descritos:
·         Ciclo dor-espasmo-dor
·         Calor
·         Rubor
·         Edema
·     Perda da função 
Questão 6: Após a fase inflamatória aguda, o processo pode evoluir para reparação fibroblástica e posteriormente maturação do tecido ou pode evoluir para a cronicidade. Comente (mencione também quais são os principais eventos ocorridos nestas fases mencionadas).
Questão 7: Quais fatores poderão retardar o processo de reparo tecidual. Comente o que os fisioterapeutas poderiam fazer para minimizar estes efeitos.

Questão 8: Após a fase inflamatória aguda, o processo pode evoluir para reparação fibroblástica e posteriormente maturação do tecido ou pode evoluir para a cronicidade. Comente (mencione também quais são os principais eventos ocorridos nestas fases mencionadas).

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Questões sobre controle da temperatura corporal

1). Explique fisiologicamente como ocorre o controle da temperatura corporal quando um sujeito é submerso em água quente a 35 0C.
2). O que ocorre, em termos de perda de calor, quando há movimento da água aquecida?
3). Explique fisiologicamente como ocorre o controle da temperatura corporal quando um sujeito é submerso em água fria (150C).
4). Quais fatores influenciam a taxa de transferência de calor. Explique como estes fatores influenciam.
5). Quais são os efeitos físicos do calor?

6). Qual a diferença entre calor vs temperatura.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Eletroanalgesia


Princípios Básicos de Eletricidade

Definição de modalidades elétricas: “Capacidade de receber a corrente elétrica por meio de uma tomada de parede e transformá-la para produzir efeito fisiológico desejado no tecido biológico”.

Definição de corrente elétrica: Conjunto de cargas positivas ou negativas em movimento. Unidade de medida (Ampére – A) → Indica a taxa de fluxo de elétrons (intensidade). Para que a corrente elétrica flua devem existir → Transportadores de carga na matéria (elétrons – metais / íons – soluções eletrolíticas) e Força eletromotriz (voltagem / Unidade = Volts).

Tipos de correntes elétricas:
Corrente contínua (polarizada) → Cargas se movem sempre em uma mesma direção. Promove mudanças eletroquímicas sob os eletrodos. Utilizada para iontoforese. Promove efeito bioestimulante sobre células não-excitáveis. Pode ser utilizada para estimulação de pontos motores ou nervos periféricos.
Corrente alternada (despolarizada) → Há a inversão da polaridade em intervalos regulares de tempo. Ideal para atividade excitomotora. Produz formas de ondas que têm 2 fases em cada pulso.
Trens de pulso ou “burst” → Grupos de pulsos interrompidos por pequenos períodos de tempos e se repetem em intervalos regulares. Usada em corrente “Russa”.


Representação gráfica da corrente elétrica produzida pelo aparelho eletroterapêutico:

Pulsos e Fases do fluxo de corrente:


Eletrodos – primeiro ponto de resistência para as terapias com correntes elétricas.
Tipos de eletrodos:
Metálicos, de chumbo ou alumínio (C, D)→ Alumínio : menos corrosivo. Apresentam resistência na interface eletrodo-pele. Necessidade de esponja umedecida. Uso: correntes polarizadas
Silicone-carbono (B) → Uso causa alterações nos íons carbono. Necessidade de uso de gel condutor. Uso: correntes despolarizadas.
Auto-adesivos (A) → Perde a condutividade com o tempo. Uso: correntes despolarizadas.
Posicionamento dos eletrodos:

                                         Longitudinal                                          Transversal

Tamanho dos eletrodos:
Técnica monopolar → Densidade sob o eletrodo menor é aumentada. Ênfase no local a ser tratado.

Técnica bipolar → Utilização de 2 eletrodos de tamanhos iguais. Distribuição uniforme da corrente pela superfície do segmento a ser tratado.

Colocação dos eletrodos:
Sobre ou ao redor da área dolorosa
Sobre os dermátomos que correspondem à área doloroso
Próximo à medula que inerva área dolorosa
Sobre nervos periféricos que inervam a área dolorosa
Sobre estruturas vasculares superficiais
Sobre pontos motores

Dermátomos:


Miótomos de membros inferiores:
L2 – Psoas e adutores de quadril (flexão de quadril)
L3 - Psoas e quadríceps (atrofia coxa - extensão joelho)
L4 – Tibial anterior e extensor do hálux (dorsiflexão de tornozelo)
L5 – Extensor do hálux / fibulares / glúteo médio / dorsiflexão tornozelo (atrofia panturrilha – extensão hálux)
S1 – Panturrilha e posterior da coxa / atrofia glúteos / fibulares / flexores plantares (flexão plantar tornozelo / eversão tornozelo / extensão quadril)
S2 – Similar S1 exetuando fibulares

Modulações da corrente: Qualquer alteração que se faça na corrente original.
Tipos de modulação:
Variações de amplitude → modulações na amplitude de pico de uma série de pulsos.

Variações de freqüência de pulso variações cíclicas no número de pulsos aplicados por unidade de tempo.

Trens de pulso (Burst) → Repetição seqüencial de uma série de pulsos. Comum em estimulações excitomotora por minimizar a fadiga. Burst + Modulação em amplitude - contração mais agradável.

Modulação VIF (variação na freqüência e intensidade) → Utilizadas nas correntes empregadas em longos períodos de estimulação. Consegue-se retardar a ACOMODAÇÃO.

Freqüência das correntes:
Correntes de baixa freqüência → < 1000 Hz (< 250 Hz)
Correntes alternadas de média freqüência → 1000 a 4000 Hz (moduladas em baixa freqüência: ~50 Hz para contração muscular)
Freqüência das correntes com suas respectivas ações:
Estrutura estimulada Freqüência (Hz)
Nervos simpáticos 0-5
Músculo não-estriado 0-10
Nervos parassimpáticos 10-150
Nervos motores 10-50
Nervos sensoriais 90-110

Parâmetros ajustáveis:
Características do pulso → Freqüência do pulso. Amplitude da corrente. Largura do pulso. Intervalo do interpulso.
Eletrodos → Tipo. Distância. Posicionamento. Tamanho.
Características da corrente elétrica → Tipo de corrente. Formas de onda. Modulações.
Tempo total de terapia.
Contra-indicações gerais para estimulação elétrica:
Usuários de marcapasso cardíaco
Cardiopatas
Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos
Vasos vulneráveis à hemorragia
Área abdominal de gestantes
Sobre seios carotídeos
Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras
Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada
Tecidos neoplásicos
Estado febril
Infecções em geral
Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional)
Referências Bibliográficas:
Cameron, M.H. Agentes físicos na reabilitação – da pesquisa à prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 3º edição, 2009.
Guirro, E; Guirro, R. Fisioterapia dermato-funcional-fundamentos, recursos e patologias. São Paulo: Manole, 2004.
Kitchen, S.; Bazin, S. Eletroterapia prática baseada em evidência. São Paulo: Manole, 2003.
Prentice, W.E. Modalidades terapêuticas para fisioterapeutas. Porto Alegre: Artmed, 2º edição, 2004.

Próximas aulas de recursos terapêuticos

01/08/2016Princípios gerais em eletroterapia e Analgesia por meio de correntes elétricas: aula teórico-prática

08/08/2016Estimulação muscular por meio de correntes elétricas: aula teórico-prática

15/08/2016Efeitos da corrente elétrica na cicatrização e iontoforese: aula teórico-prática

22/08/2016Prova teórico-prática (60 pontos)

24/08/2016Exame especial (Quarta-feira  14h) 

terça-feira, 12 de julho de 2016

AULA PRÁTICA PRINCIPIOS ELETROTERAPIA

Obs. Entregar relatório no dia 01 de agosto juntamente com o relatório de laserterapia de baixa potência.

1). Ajustar o equipamento de eletroterapia (escolha de modalidade terapêutica de baixa frequência) nos seguintes parâmetros T = 100ms e F = 75Hz.
2). Usar um dos canais de estimulação e colocar 1 eletrodo no aluno que receberá a eletroestimulação (ex. região anterior do ante-braço) e o outro na palma da mão.
3). Fazer contato do indicar com o corpo do colega e aumente a intensidade até sentir a corrente (formigamento = nível sensorial fraco).
4). Fazer “palpação elétrica” na área testada buscando pontos de gatilho (ou pontos de acupuntura, ou pontos motores ou área de inervação sensorial relacionada à dor referida). Você saberá que encontrou estes pontos de maior sensibilidade elétrica ao perceber mais corrente passando pelo seu dedo. Esses locais são “pontos de baixa impedância elétrica” por onde a energia da corrente flui com maior facilidade e, por isso, são pontos ótimos para estimulação devendo ser utilizados como alvo para estimulação.
5). Localize e marque 2 pontos e peça ao colega que fale qual a impressão sensorial deixada pela corrente (Anotar e prestar atenção no tipo de formigamento, se é agradável ou desagradável).
6). Feito isso, diminua a frequência (F) para o mínimo que o aparelho permitir (ex. F = 10Hz).
7). Pedir ao colega que compare com a sensação anterior (Melhor? Pior?).
8). Aumentar a F para 150Hz e repita o passo anterior (Melhor ou pior que a anterior?).
9). Teste mais 2 frequências (F = 25Hz, F = 80Hz).
10). Perguntar ao paciente qual a melhor F e em seguida mude a estimulação para o modo BURST e pergunte novamente (melhor? Pior?).
11). A estimulação terapêutica posterior à técnica do dedo deveria ser feita com os eletrodos colocados sobre os pontos que foram localizados, na frequência e modo que o paciente preferiu e com a intensidade fixada em nível sensorial forte.

Obs. Caso o colega relata algum desconforto quando a frequência for aumentada ou reduzida, reduza a intensidade da corrente.

Eletroterapia

Os estudos de caso que se seguem demonstram os conceitos da aplicação clínica da estimulação elétrica discutidos em eletroterapia. Com base nos cenários apresentados, propõem-se uma avaliação dos achados clínicos e objetivos do tratamento. Em seguida, há uma discussão dos fatores a serem considerados na seleção da estimulação elétrica como a intervenção indicada e na seleção dos parâmetros ideais para que a estimulação elétrica promova progresso rumo aos objetivos do tratamento. 
ESTUDO DE CASO 1 - Toracalgia e Cervicalgia
Exame
História: DS é uma jovem mulher de 28 anos, que foi indicada para fisioterapia com diagnóstico de dor torácica e cervical. DS queixa-se de aumento gradual da dor no pescoço e trapézio superior ao longo das últimas seis semanas. Ela relata que sua dor é pior ao fim do seu dia de trabalho como caixa de supermercado e nota que a dor está mais frequente e intensa que no mês passado. DS afirma que sua dor aumenta com o levantamento e transporte de cargas e qualquer rotação do seu pescoço. Ela teve algumas horas de trabalho reduzidas este mês, por causa do quadro alérgico. Ela foi avaliada por um clínico e a radiografia da sua coluna cervical foi negativa. Ela não tem histórias de arritmias e não tem marcapasso.
Testes e Medidas: A paciente afirma que a intensidade da sua dor cervical é de 6/10. A ADM ativa da sua extremidade superior está dentro dos limites normais, sua força é de 4+/5 bilateralmente e ela está limitada pela dor no pescoço. Sua força no rombóide e trapézio superior é de 4-/5 bilateralmente. A rotação do pescoço e a flexão lateral estão 75% do normal, com a dor bilateralmente.  A flexão anterior é desconfortável nos 30% finais da amplitude. A extensão está dentro dos limites normais. À palpação existem significantes nódulos no trapézio superior bilateralmente e pontos-gatilho ao longo da borda medial de ambas as escápulas. DS nega parestesia ou dormência nas extremidades superiores.
Por que esta paciente é candidata à estimulação elétrica? O que deve ser incluído no seu programa de tratamento? Que outros agentes físicos podem ser úteis?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
·         Estado Atual: Cervicalgia e toralcalgia. ADM restrita. Diminuição da força do quadrante superior.
      • Objetivos: Controle álgico. Recuperar a ADM cervical normal. Recuperar a força normal do quadrante superior.  
·         Estado Atual: Dificuldade de levantar e transportar carga.
      • Objetivos: Retornar à capacidade normal de levantar e transportar carga.
·         Estado Atual: Diminuição das horas de trabalho.
      • Objetivos: Executar todas as funções relacionadas ao trabalho e voltar às horas normais de trabalho.
Diagnóstico funcional: Postura deficiente.
Prognóstico/Plano de Tratamento: Esta paciente não parece ter um problema ósseo, devido à normalidade da sua radiografia e à ausência de parestesia. Os nódulos do seu trapézio e os pontos-gatilho escapulares indicam uma causa muscular para a sua dor. Em geral, a TENS é um tratamento indicado para redução da dor. Outros agentes físicos tais como ultrasson ou gelo, e calor, podem ser usados em conjunto com a estimulação elétrica. Esta paciente não apresenta contraindicação ao uso da estimulação elétrica. 
Intervenção
Propõe-se que a estimulação elétrica seja usada para o controle da dor visando analgesia rápida e potente. Considerar interferencial vetorial (média frequência, despolarizada) e TENS (baixa frequência, despolarizada) Breve-Intensa.
INTERFERENCIAL VETORIAL
Tipo
Parâmetros
Colocação dos eletrodos

Mecanismo

Forma de onda

Frequência de pulso  (Hz)

Largura do pulso (ms)

Modulação (Modo)

Amplitude (mA)

Duração do tratamento (min)


TENS BREVE-INTENSA
Tipo
Parâmetros
Colocação dos eletrodos

Mecanismo

Forma de onda
Frequência de pulso  (Hz)
Largura do pulso (ms)

Modulação (Modo)

Amplitude (mA)

Duração do tratamento (min)


ESTUDO DE CASO 2 – Gonalgia (dor joelho) Medial
Exame
História: VP é uma mulher de 47 anos, faxineira, desenvolveu gonalgia medial 4 meses atrás. A cirurgia de artroscopia revelou uma ponta de desgaste da superfície troclear do fêmur, que foi então debridada. VP foi submetida a cirurgia 3 semanas atrás e foi encaminhada à clínica de fisioterapia para avaliação e tratamento. Ela tem tido dificuldade para estender sua perna direita e sustentar o peso total à direita ao caminhar e está incapacitada de trabalhar desde a cirurgia.
Testes e medidas: VP classifica quadro álgico direito em 8/10. À palpação do joelho direito da paciente, há ligeiro calor e hipersensibilidade. As incisões estão bem cicatrizadas. O perímetro no meio da patela direita é de 43 cm e da esquerda de 38 cm. A ADM articular do joelho direito é de 10 a 50 graus de flexão. VP deambula pequenas distâncias em casa sem a ajuda de aparelho, mas com o joelho direito em cerca de 15 a 20 graus de flexão em ortostatismo. Ela apresenta grau 4/5 de força de quadríceps à direita dentro da ADM possível.
Por que a estimulação elétrica seria uma boa escolha para esta paciente? Ela tem alguma contraindicação à estimulação elétrica? Quais são alguns objetivos apropriados?   
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
  • Estado atual: Gonalgia à direita, locomoção prejudicada, perímetro aumentado.
    • Objetivos: Controlar a dor no joelho e o edema, aumentar a ADM e aumentar a força.
  • Deambulação limitada e alterada.
    • Objetivos: Retornar à deambulação normal.
  • Incapaz de trabalhar.
    • Retorno progressivo das horas de trabalho.
Diagnóstico: Mobilidade articular, função motora, desempenho muscular e ADM prejudicados.
Prognóstico/Plano de Tratamento: A estimulação elétrica neuromuscular é um tratamento apropriado para esta paciente porque ajuda a gerar um nível de força maior do que a paciente pode gerar por conta própria. As contrações musculares estimuladas eletricamente ajudam a paciente a aumentar a força da extremidade inferior e pode auxiliar na drenagem do líquido ao redor do seu joelho, contribuindo para a melhora funcional. Esta paciente não tinha contraindicações ao uso de estimulação elétrica.
Intervenção
Para esta paciente, deveria ser usada a estimulação elétrica de média frequência (corrente russa ou interferencial heteródina) visto que objetivaremos aumentar a força muscular principalmente do quadríceps (lado direito).
CORRENTE RUSSA – corrente despolarizada com envoltório quadrático de 10 ms
Tipo
Parâmetros
Colocação de eletrodos

Largura do pulso

Frequência do pulso

Tempo On:OFF

Tempo de rampa de subida/rampa de descida

Tempo de terapia


ESTUDO DE CASO 3 – Entorse lateral (inversão) de Tornozelo
Exame
História: MC é um jovem estudante de 23 anos. Ele lesionou seu tornozelo durante uma partida de futebol na escola. Ele foi visto pelo médico ainda em campo e diagnosticado com entorse lateral de tornozelo grau II. Seu tornozelo foi envolto em gelo e ele foi enviado ao vestiário para acompanhamento imediato do fisioterapeuta. O paciente foi orientado a usar muletas sem descarga de peso sobre o tornozelo lesionado para preservá-lo.
Teste e Medidas: A inspeção visual mostrou que o paciente mantém seu tornozelo em uma única posição com extrema hesitação para permitir ao terapeuta mover a articulação. A ADM passiva revelou restrições em todas as direções. A ADM é mínima. A articulação talofibular lateral está sensível ao toque, com descoloração indicativa de hemorragia por toda a face lateral e uma dificuldade para visualizar o maléolo lateral devido ao edema. A área está quente ao toque e apresenta uma leve hiperemia. O estudante está saudável e nega história de câncer, diabetes ou qualquer outro problema de saúde.
Que tipo de processo está ocorrendo no tornozelo deste paciente? Que tipo de estimulação elétrica seria mais útil? Que aspectos da lesão do paciente iria resolver? Que outros agentes físicos podem ser usados junto com a estimulação elétrica?
Avaliação, Diagnóstico, Prognóstico e Objetivos
Avaliação e Objetivos:
  • Estado atual: quadro álgico no tornozelo esquerdo, edema e ADM diminuída.
    • Objetivos: Controlar o quadro álgico e o edema. Acelerar a resolução da fase de inflamação aguda. Aumentar a ADM.
  • Deambulação limitada e alterada.
    • Objetivos: Retornar á deambulação normal.
  • Incapaz de jogar futebol.
    • Retorno às partidas de futebol.
Diagnóstico: Mobilidade articular prejudicada, função motora e desempenho muscular e ADM associada à lesão do tecido conectivo.
Prognóstico/Plano de Tratamento: Devido ao mecanismo de lesão, houve um processo inflamatório. A estimulação elétrica usando a CPAV (corrente pulsada de alta voltagem) deve ser uma escolha apropriada de tratamento na medida em que ela tem mostrado retardar a formação de edema durante o estágio inflamatório da lesão e auxilia no processo de cicatrização tecidual. Não existe nada na história do paciente que sugira uma contraindicação ao uso de estimulação elétrica.
Intervenção
CPAV – corrente pulsada de alta voltagem
Tipo
Parâmetros
Colocação de eletrodos
Largura do pulso

Frequência do pulso
Modo
Amplitude

Tempo de tratamento




     


LASERTERAPIA BAIXA POTÊNCIA

Laserterapia de baixa potência
HO é um arquiteto de 38 anos de idade, portador de artrite reumatóide (AR). Foi encaminhado para a fisioterapia por causa da rigidez e da dor, particularmente nas articulações das mãos. Em tratamentos anteriores, ele foi instruído a fazer exercícios de ADM, atualmente realizados 3 vezes por semana. O trabalho do paciente inclui atividade manual no uso do computador e desenho dos projetos. Ele julga estar realizando essas tarefas de forma mais lenta, percebendo dificuldade para realizar alguns trabalhos de precisão. Demonstra preocupação de que isso afete a sua atividade laboral.
A medicação de HO abrange ibuprofeno e metotrexato que proporcionam algum alívio à dor e rigidez das mãos.
Nos testes e medidas, o paciente aparenta estar saudável de forma geral, embora caminhe de forma bastante rígida. Ele relata dor nas mãos na intensidade 4/10 em repouso e 7/10n com o movimento, e que as mãos apresentam rigidez particularmente nas primeiras horas matinais. A ADM encontra-se reduzida nas articulações de ambas as mãos, com leve desvio ulnas nas articulações metacarpofalangeanas.
Goniometria passiva em várias articulações:
·          Flexão interfalangeana do polegar: D = 80º E = 80º
·          Extensão IF do polegar: D = -20º E = -20º
·          Flexão da articulação proximal IF do dedo indicador: D = 90º E = 90º
·          Extensão da articulação proximal IF do dedo indicador: D = -20º E = -25º
·          Flexão da articulação PIF do dedo médio: D = 100º E = 90º
·          Extensão da articulação PIF do dedo médio: D = -20º E = -30º
A força de preensão foi 4/5 bilateral, limitada pela dor e rigidez.
Perguntas:
1.     Quais seriam os objetivos para a laserterapia?
2.     Que outras intervenções (cinesioterapia) deveriam ser consideradas?
3.     Quais os cuidados e precauções antes do uso devem ser verificados antes de aplicar da laserterapia de baixa potência nesse cliente?

4.     Descreva a técnica, parâmetros ajustáveis, cuidados a serem tomados e posicionamento durante a aplicação da técnica.