quarta-feira, 22 de junho de 2016

Aula prática 2 – Termoterapia Superficial

Texto Lorena Babetto

Modalidades terapêuticas Superficiais

1. Infravermelho - Tipo de radiação com ondas eletromagnéticas no espectro infravermelho (comprimento de onda na faixa de 700 a 1200nm).
Radiação – Onda eletromagnética incidindo nos tecidos biológicos, por ser uma onda eletromagnética, com o componente elétrico e o magnético, parte dela será absorvida, parte refletida e parte refratada.
Absorção – Resultado aquecimento superficial por agitação de moléculas, gerando energia cinética que se transformará em calor.
Cuidados – Minimizar a reflexão (colocar a lâmpada de forma perpendicular – 90°).
Distância padrão em torno de 50cm
Tempo: 15 a 20 minutos
Percepção do paciente: tem de estar em uma forma agradável/marcante
Cuidados com os olhos – colocar óculos de proteção ou uma toalha ou até mesmo pedir ao paciente que fique com os olhos fechados.
Retirar todos os objetos metálicos.
Obs.: ter um cuidado muito grande para não provocar queimaduras, caso o paciente sinta desconforto devido à temperatura, basta afastar a lâmpada em até 70cm.
Obs.: Não tem problema aplicar em pacientes com implantes metálicos.

2. Parafina – Recurso muito utilizado na clínica
Transferência de calor para os tecidos superficiais de forma mais lenta, devido ao seu menor calor específico.
Mecanismo de transferência: condução
Temperatura: em torno de 41° a 42°
Tempo: 15 a 20 minutos
Problema: custo e assepsia
Formas de aplicação: Bandagem: submergir a bandagem na parafina já aquecida retirá-la do recipiente e colocá-la em papel filme ou plástico mais fino, em seguida colocar na região a ser tratada. (esse processo deve ser feito da maneira mais rápida possível para não perder calor no momento do preparo). Por fim, colocar uma toalha por cima da parafina, a fim de criar um isolamento térmico.
Pinceladas: Após aquecer a parafina, com um pincel, passar a parafina sobre a pele, formando uma camada. Envolver com plástico filme e criar um isolamento térmico com toalhas.
Luvas ou botas: Após aquecer a parafina, colocar o membro dentro do recipiente da parafina por 2 segundos, retirar esperar 2 segundos. Repetir esse processo por 6 vezes.

3. Fluidoterapia – Recurso pouco utilizado, principalmente em função da relação custo-benefício.
Uso da transferência de calor para estruturas superficiais utilizando partículas de celulose em movimento.
Transferência por convecção (movimento do ar)
Forma de uso: colocar o membro dentro do aparelho e aguardar o tempo necessário.
Tempo: 15-20 minutos.

4. Turbilhão – Pouco utilizado, principalmente em função da relação custo-benefício e necessidade de assepsia adequada.
É um recurso muito interessante por unir 3 estímulos, sendo eles pressão (ativa aferentes sensitivos rápidos, A-beta, que fecham o portão da dor; água quente (transfere calor para o tecido, por meio de condução); Movimento da água (transfere calor para o tecido, por meio da convecção).
Forma de Uso: Colocar o paciente ou o membro lesionado dentro do turbilhão e aguardar o tempo necessário. O paciente pode ser orientado a realizar movimentos da área tratada durante a terapia.
Temperatura: Membros superiores e inferiores em torno de 39°C-40°C
Corpo inteiro: 37°C-38°C
Tempo: 15-20 minutos
Obs.: Como o turbilhão promove uma vasodilatação periférica intensa o paciente pode ter um quadro de hipotensão quando a imersão for de corpo inteiro. Neste caso, basta retirar o paciente da água, deitá-lo em um lugar confortável, com temperatura neutra (resfria-lo com água corrente) e levantar os membros inferiores para auxiliar no retorno venoso. Aguardar um tempo, monitorando a pressão arterial e pedindo relatos do paciente sobre seu estado.

5. Banho de Contraste – É o uso alternado de imersão em água quente e fria alternadamente
Técnica – submergir o membro durante 1 minuto em água quente seguidos de 3 minutos de água fria por 5 vezes consecutivas, finalizando com 1 minuto de água quente.
Temperatura: água quente 39°C
água fria – 10°C-15°C
Indicação: Vasodilatação seguida de vasoconstrição auxiliando na reabsorção do líquido intersticial (reabsorção de edema residual).

Muito utilizado na fase de regeneração/reparo de tecido.

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